terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Visita na Estufa

#1 - Hoje Tivemos Visitas

7:00 a.m.

Chegámos à estufa de Torres Novas (uma exploração com 3.500m2 nos Liteiros) ainda com os olhos semi-cerrados, pequeninos, tentando ainda focar tudo o que nos rodeia e, estava um frio daqueles..., de rachar ( uma nada amena e muito gélida temperatura exterior de 3ºC  que congelava qualquer pensamento que tivesse a audácia de querer ser produzido ).

Verificados os equipamentos (rotina essencial e obrigatória de qualquer inicio de dia, mas um dia lá chegaremos e explicarei o que é isto dos tais equipamentos) entrámos na área de produção (na estufa onde estão as vossas Horticolas com raíz) e ainda à média luz (sim... passava pouco das 7.00am, não existia propriamente luz natural em abundância), dirigimo-nos às bancadas (as secções das calhas suspensas onde as horticolas crescem, desenvolvem e descansam)  onde iriamos fazer a colheita do dia.

Os Coentros estavam orvalhados e o seu aroma fantástico, carregado, era emanado para o ar e espalhado através dos milhões de goticulas de humidade interligadas, tal qual rede mundial de internet, mas de forma bem mais simples dentro da complexidade natural, da humidade matinal! 


((Coriandrum sativum) é uma planta glabra, da família Apiaceae, de flores róseas ou alvas, pequenas e aromáticas, cujo fruto é diaquênio e cuja folha, usada como tempero ou condimento, exala odor característico.)

À medida que progredíamos na apanha, o aroma tornava-se mais intenso… com a movimentação das plantas a sairem das calhas e o agitar da folhas frescas..., mãos, roupa, tudo cheirava a coentro… ainda era cedo mas já pensava numa bela Açorda Alentejana!! (confesso aqui e agora que adoro comer, por isso não estranhem que ao longo desta nossa viagem à volta das coisas sobre hidroponia que as coisas de vez em quando não descambem para o tacho...)

Conversávamos sobre banalidades, trivialidades mundanas tipicas e comuns a qualquer ser humano  inserido numa sociedade, quando de repente, ouvimos um ruído proveniente do meio da bancada, acompanhado de um restolhar das folhas…! 

No silêncio da manhã foi o suficiente para nos colocar em alerta... Parámos. Escutámos. Observámos. Estamos a falar de segundos que pareceram largos minutos tensos de uma cena digna de um triller passado num milheiral numa noite de lua cheia numa sexta feira treze...

Afastámo-nos por instinto ainda que rindo da nossa própria figura… e um de nós, um dos mais corajosos (não, admito que não fui eu) decidiu investigar… Nós, os restantes (os menos corajosos), demos-lhe a maior força (com a devida distância) e até o incitámos (obvio. Alguém tinha que ir.)…

Confesso que tudo me passou pela cabeça, afinal estavamos numa estufa… campo… agricultura… bicharada… 



Eis, que corajosamente o nosso herói avançava!... E, quando, prestes a desvendar o mistério, não é que surgem dois terriveis e tenebrosos pardalitos (Passer é um gênero da família Passeridae, também conhecido como pardal. O gênero inclui o P. domesticus e o P. montanus) do meio da folhagem com uma pequena minhoca no bico de um deles. (aminhocas são animais anelídeos da classe Oligoqueta, ordem Haplotaxida

Susto geral… (obviamente infundamentado) 
O jovem herói depois do pequeno salto assustado ao deparar-se com tamanha ameaça, infligida pelo levantar de voo de dois pequenos e simpáticos pardais,..., rapidamente assumiu o control e postura!

Voltámos ao trabalho, agora muito mais despertos (depois da dose de adrenalina imposta), com mais entusiasmo e novo tema de conversa!

Então e a Açorda? onde entra a estória da Açorda? Essa virá noutro dia, mas para saciar o apetite (o meu) foi isso mesmo que fiz para jantar. Uma bela Açorda aromatizada com coentros frescos de hidroponia da PTGreen, colhidos no dia! De salivar por mais...

(os produtos com que tratamos as nossas pragas e doenças são maioritariamente biológicos, por isso é natural encontrar pequenos insetos ou minhocas perdidas… bem hajam! Para nós na PTGreen são sinónimo de qualidade)


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