Hora da Rega

#3 - Montanha Russa Aquática

Abaixo e acima… Para baixo e para cima… Embaixo e em cima…

Estou zonzo! É hora da rega na estufa!

Quando me disseram que iria recircular, não fazia ideia no que me ia meter!

Recirculação (fazer com que algo circule novamente) para mim era diversão. Circular e circular, dançar… festejar sem parar… afinal sou Ferro!!... nada me cansa… certo?

Errado!

(O ferro (do latim ferrum) é um elemento químico, símbolo Fe, de número atômico 26 (26 prótons e 26 elétrons) e massa atómica 56 u.)

Já percebi que daqui não saio a menos que uma daquelas raízes gulosas me pegue. Mas até agora, passados alguns dias, ainda aqui continuo… Snif…Snif…Snif…
(na hidroponia, todos os minerais, sais, nutrientes ou fertilizantes são cuidadosamente adicionados à água, nas quantidade correctas e nunca em excesso, formando uma solução nutritiva essencial ao bom alimento e crescimento das nossas plantas, vossas horticolas PTGreen.

Que raio de sistema super eficiente! Aqui o desperdicio é quase nulo! 
Isto sim é agricultura sustentável!

A água vai para cima, desce pelo tubo, banha as raízes e volta ao tanque! E tudo isto é um ciclo do eterno retorno… O sistema aqui é fechado. 

Mas não estou sozinho. Também aqui está o Cálcio (Ca), o Magnésio (Mg), o Boro (B), o Manganês (O manganês, manganés, (do francês manganèse) ou manganésio (designação preterida pela sua semelhança com o magnésio) é um elemento químico, símbolo Mn, número atômico 25 (25 prótons e 25 elétrons) e massa atómica 55 u, sólido em temperatura ambiente) e tantos outros que serão mencionados nas suas próprias estórias. 

De tanto circular até estou zonzo...

…

É agora! Vou acima de novo!

Aqui vou eu… Uma raiz, duas, três… vá lá… dez, onze… “come on”… trinta e duas… … … …

Espera,..., é agora!!!

Estou a subir pela raiz!!

Estou na seiva!!

Estou feliz!!

Sou parte desta bela nabiça!!

(primeiro estado de crescimento do nabo; primeiras folhas do nabo comestíveis, à planta em flor comercializada é dado o nome de grelos-de-nabo e sem flor de nabiça)

Nas estufas PTGreen até os nutrientes querem fazer parte dos nossos produtos.

Produtos PTGreen são sinónimo de Qualidade, Frescura, Aroma, Textura e Sabor!

Alface: do Berçário à Mesa

#2 - A Pequena Alface

Hoje é dia de plantação em Pedrogão.

(da nossa confortável, sustentável, orgânica e altamente técnica plantação em Hidroponia)

Agarrámos nas enxadas, picaretas chibanca e alvião, nas estronvengas e facão para mato e lá fomos para a terra. NÃO!!!! Nada disso! Isso é o inicio de uma história de terror!

Aqui só contamos Estórias de Amor que envolvem um par de luvas, calhas técnicas, e Solução Nutritiva. (alimento das plantas cultivadas por meio da hidroponia e, por isso, deve fornecer todos os nutrientes necessários para o seu crescimento, A solução nutritiva é preparada com água e sais ou fertilizantes, que contém os elementos essenciais.) 

As nossas plantas não crescem em terra, crescem em água tendo como principais benificios, uma nutrição de cultura ajusta, a ausência de contaminantes do solo e menores problemas fitossanitários ( fitɔsɐniˈtarju, relativo ao estado de saúde das espécies vegatais. agricultura que serve para combater as pragas que atacam as espécies vegetais ou para aumentar a produtividade dessas espécies, designativo do certificado que atesta que uma planta está saudável, não sofrendo de doença ou pragas) resultando numa qualidade superior do produto final, a horticola PTGreen que vos chega à mesa! 

Na hidroponia, pegamos nas Luvas e aplicamos todo o nosso amor e carinho ao manusear as nossas plantas, vossas horticolas.

Vamos plantar Alfaces Frisadas Verdes. 

( Lactuca sativa var. crispa. Lactuca sativa é uma hortense utilizada na alimentação humana desde  500 a.C.. Originária do Leste do Mediterrâneo, o seu principal consumo é em saladas, com inúmeras variedades de folhas, cores, formas, tamanhos e texturas.)

Azáfama total… rececionar as plantas (sim, aqui maioritariamente não semeamos, essa é uma outra parte da estória que não a nossa. Essa é passada num noutro sitio que não as nossas estufas, num sitio onde germinam e aqui nos chegam já em formato bébé para serem plantadas)… selecionar e verificar a qualidade das mesmas (mesmo em bébés, todas as plantas são analisadas, à mão, uma a uma num criterioso rastreio visual)… prepará-las e coloca-las nas bancadas (o seu berço e casa até atingirem a maioridade).

As nossas bancadas têm dois pisos (um duplex portanto! Sim, porque na Hidroponia os hoteis são de luxo, não há espaço para menos do que estabelecimentos de 5* usando recurso das mais modernas ferramentas e técnicas). Um piso superior para as plantas bebés (são os berçários) e um piso inferior para quando estão maiores (são os crescimentos), onde ficam até à colheita. Os estágios em cada piso são rigorosamente controlados e planeados para que nada falhe e se consigam as melhores horticolas em termos de qualidade, tamanho, toque, textura, sabor e aroma.

Na véspera, deram-se os preparativos para o dia da receção. Tudo fora higienizado e preparado para receber as plantas bebés. ( ao muito me engano ou teremos num destes dias uma estória dedicada a esta parte essencial do processo )

Sim, porque tal como um recém-nascido que regressa a casa após o parto, as nossas plantas são recebidas com muito amor e carinho em cada uma das nossas estufas para se sentirem bem e minimizar assim o choque da mudança.

Luvas são calçadas, bancadas são abertas ( abre-se a "torneira" para deixar o caudal de água percorrer as nossas calhas ) e as primeiras plantinhas são colocadas.

Esse caudal de água transporta uma solução nutritiva (a comidinha do bébé). Essa solução é preparada cuidadosamente , estufa a estufa, tendo em consideração inumeros criterios vitais (tipo de água, tipo de plantas, condições atmosféricas,...) controlada pelo nosso médico de serviço (Eng. Agrónomo especializado em hidroponia )

Aqui é a sua nova casa.

Durante algumas semanas vão alimentar-se, crescer e estender raízes como se estivessem a espreguiçar-se…! Conquistam o seu espaço e já se seguram em pé.

Tal como um bebé, ganham a sua autonomia e podem dar o passo seguinte.

Está na hora de descerem para o local onde vão crescer até sairem para fazer uma família feliz. (passam da calha superior (o primeiro piso do duplex), especificamente desenhada para plantas bébés, para a calha inferior, mais espaçosa, larga, onde o fluxo de solução nutritiva abunda de forma estudada para que nada falte em termos de nutrientes às nossas plantas, vossas horticolas)

Esta passagem é feita manualmente, uma a uma, com muito cuidado e carinho onde se verificam novamente as plantas, as folhas, as raizes e se certifica que tudo está dentro dos parametros estabelecidos para garantir a qualidade imposta nos nossos horticolas PTGreen. 

A princípio estranham, mas em breve percebem que ali têm mais alimento e mais espaço para crescer. E crescem, crescem, até que no tamanho certo, ganham independência e saem para dar lugar a outras. (suspiro...)

Já sabe, quando vir uma alface PTGreen na prateleira do seu supermercado, essa é uma alface feliz!

Visita na Estufa

#1 - Hoje Tivemos Visitas

7:00 a.m.

Chegámos à estufa de Torres Novas (uma exploração com 3.500m2 nos Liteiros) ainda com os olhos semi-cerrados, pequeninos, tentando ainda focar tudo o que nos rodeia e, estava um frio daqueles..., de rachar ( uma nada amena e muito gélida temperatura exterior de 3ºC  que congelava qualquer pensamento que tivesse a audácia de querer ser produzido ).

Verificados os equipamentos (rotina essencial e obrigatória de qualquer inicio de dia, mas um dia lá chegaremos e explicarei o que é isto dos tais equipamentos) entrámos na área de produção (na estufa onde estão as vossas Horticolas com raíz) e ainda à média luz (sim... passava pouco das 7.00am, não existia propriamente luz natural em abundância), dirigimo-nos às bancadas (as secções das calhas suspensas onde as horticolas crescem, desenvolvem e descansam)  onde iriamos fazer a colheita do dia.

Os Coentros estavam orvalhados e o seu aroma fantástico, carregado, era emanado para o ar e espalhado através dos milhões de goticulas de humidade interligadas, tal qual rede mundial de internet, mas de forma bem mais simples dentro da complexidade natural, da humidade matinal! 

((Coriandrum sativum) é uma planta glabra, da família Apiaceae, de flores róseas ou alvas, pequenas e aromáticas, cujo fruto é diaquênio e cuja folha, usada como tempero ou condimento, exala odor característico.)

À medida que progredíamos na apanha, o aroma tornava-se mais intenso… com a movimentação das plantas a sairem das calhas e o agitar da folhas frescas..., mãos, roupa, tudo cheirava a coentro… ainda era cedo mas já pensava numa bela Açorda Alentejana!! (confesso aqui e agora que adoro comer, por isso não estranhem que ao longo desta nossa viagem à volta das coisas sobre hidroponia que as coisas de vez em quando não descambem para o tacho...)

Conversávamos sobre banalidades, trivialidades mundanas tipicas e comuns a qualquer ser humano  inserido numa sociedade, quando de repente, ouvimos um ruído proveniente do meio da bancada, acompanhado de um restolhar das folhas…! 

No silêncio da manhã foi o suficiente para nos colocar em alerta... Parámos. Escutámos. Observámos. Estamos a falar de segundos que pareceram largos minutos tensos de uma cena digna de um triller passado num milheiral numa noite de lua cheia numa sexta feira treze...

Afastámo-nos por instinto ainda que rindo da nossa própria figura… e um de nós, um dos mais corajosos (não, admito que não fui eu) decidiu investigar… Nós, os restantes (os menos corajosos), demos-lhe a maior força (com a devida distância) e até o incitámos (obvio. Alguém tinha que ir.)…

Confesso que tudo me passou pela cabeça, afinal estavamos numa estufa… campo… agricultura… bicharada… 

Eis, que corajosamente o nosso herói avançava!... E, quando, prestes a desvendar o mistério, não é que surgem dois terriveis e tenebrosos pardalitos (Passer é um gênero da família Passeridae, também conhecido como pardal. O gênero inclui o P. domesticus e o P. montanus) do meio da folhagem com uma pequena minhoca no bico de um deles. (as minhocas são animais anelídeos da classe Oligoqueta, ordem Haplotaxida) 

Susto geral… (obviamente infundamentado) 

O jovem herói depois do pequeno salto assustado ao deparar-se com tamanha ameaça, infligida pelo levantar de voo de dois pequenos e simpáticos pardais,..., rapidamente assumiu o control e postura!

Voltámos ao trabalho, agora muito mais despertos (depois da dose de adrenalina imposta), com mais entusiasmo e novo tema de conversa!

Então e a Açorda? onde entra a estória da Açorda? Essa virá noutro dia, mas para saciar o apetite (o meu) foi isso mesmo que fiz para jantar. Uma bela Açorda aromatizada com coentros frescos de hidroponia da PTGreen, colhidos no dia! De salivar por mais...

(os produtos com que tratamos as nossas pragas e doenças são maioritariamente biológicos, por isso é natural encontrar pequenos insetos ou minhocas perdidas… bem hajam! Para nós na PTGreen são sinónimo de qualidade)

INTRODUÇÃO HIDROPÓNICA

HIDROPONIA:

Designação, obtida por transformação dos vocábulos gregos hydor (água) e ponos (trabalho) por William Gericke, da Universidade de Califórnia, em Berkeley... 

Não! Pára tudo! Este não é um blog científico sobre hidroponia! 

É um Blog sobre o cultivo e consumo de horticolas com raíz em sistema de Hidroponia sob as mais variadas vertentes e pontos de vista.

Sim. É isto! 

Como posso eu explicar o que é Hidroponia se não explicar efectivamente tudo sobre hidroponia? Para explicar tudo, efectivamente tudo, sobre hidroponia, tenho que me colocar, estratégicamente, tal qual observador dum qualquer programa sobre a vida selvagem a observar um predador em busca da sua presa numa qualquer savana no seu habitat natural, nos mais diversos angulos da imagem completa. Olhar de cima, de baixo, de dentro, de fora, ao redor e transmitar ao máximo toda a cor, cheiro, sensações e emoções que nos atingem directamente a cada dia de satisfação laboral... Tudo para vos poder levar à mesa os mais frescos, saudaveis, apetitosos, saborosos e aromáticos horticolas de qualidade com raíz produzidos em sistema de hidroponia da PTGreen, distribuidos pela Picturesque Green! 

Dos dados cientificos gerais ao nutriente que se banha na solução nutritiva, que é absorvido pela raíz da planta, que se mima e cresce, cheia de vivacidade e qualidade, sustentavelmente na sua calha suspensa no interior de uma das nossas estufas cuidadosamente estruturadas e erguidas, recheadas de amor e profissionalismo, de quem vive e respira o que de melhor se faz em Portugal, no que a horticolas com raíz em sistema de Hidroponia diz respeito. 

Sim, é isto! O dia a dia da nossa cultura em sistema de Hidroponia em todo o seu explendor e a transbordar de pormenores. É disto que este vosso blog Estórias de Hidroponia trata!